O consórcio, que reúne 21 das 82 cooperativas agropecuárias do Paraná, pretende fazer a compra direta de insumos para baratear o custo para os produtores. O preço dos fertilizantes pode ficar no mínimo 5% menor, enquanto a economia com defensivos pode passar de 30%.
Uma das estratégias é fabricar os produtos seguindo exemplos como o da Federação das Cooperativas da Argentina. A instituição montou uma fábrica para produzir apenas glifosato. Só a cooperativa de Rolândia, no norte do Estado, comprou 1,6 milhão de litros de defensivos para os oito mil associados nesta safra de verão.
O diretor executivo do Coonagro, Daniel Fontes Dias, viaja para a China neste final de semana. Ele visita, em Xangai, a maior feira de produtos agroquímicos do mundo, que será na semana que vem. O objetivo é fazer os primeiros contatos diretos tanto com fabricantes de produtos prontos quanto com fornecedores de matéria-prima, ainda que as importações devam ocorrer só em 2010.
A demora é por conta das exigências legais para a entrada desse tipo de produto no Brasil. Entretanto, as compras no mercado interno começam ainda neste semestre, pensando na próxima safra de verão. O consórcio pretende atender a pelo menos 25% das necessidades dos 60 mil produtores cooperados.
O diretor do Coonagro Eliseu de Paula conta que hoje passam de R$ 2 milhões os gastos com os defensivos que são consumidos entre as cooperativas que formam o sistema.
? Em um primeiro momento, claro que os gastos podem ser muito maiores. O que se busca é economia, tentar comprar no menor preço possível para que nossos produtores possam ter custo baixo ? completou o dirigente.