A produção com sustentabilidade e conservação do solo norteou o seminário. Dados do Ministério da Agricultura apresentados no encontro apontam que houve aumento nos últimos anos de área, produtividade e produção no Brasil. O que também gerou altos índices de degradação do solo, calculados em 10 toneladas por hectares ao ano.
– Hoje nós temos perdas de solos avaliados em US$ 121 milhões em valores de perdas por ano. Isso equivaleria a nós termos um programa gratuito de governo de 2 milhões de hectares para correção do solo. Um número muito grande. É preciso se fazer uma reflexão referente a isso – disse Caio Rocha, secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
Como alternativa para reverter as perdas, a CNA tem apostado no projeto Biomas. Desenvolvida há três anos em parceira com a Embrapa, a iniciativa leva soluções ao produtor para proteção e o uso sustentável dos recursos naturais, com destaque para o plantio de árvores.
– Grande parte da mata nativa, como a mata Amazônica, está preservada até hoje. A CNA quer, com esse projet,o recuperar e até criar uma consciência de que o produtor tem que entender que a terra é esgotável, se não for bem tratada ela é esgotável – falou João Martins Silva Junior, primeiro vice-presidente da CNA.
Nas próximas semanas, o Ministério da Agricultura vai assinar em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) um acordo de cooperação. O objetivo é implementar atividades conjuntas de assistência técnica, extensão rural e transferência de tecnologia.