O delegado Marcelo Batistela Damaceno, de Dourados, no entanto, informa que o proprietário da fazenda estava consertando a cerca da área, incessantemente rompida pelos indígenas para que o gado escapasse, quando foi surpreendido por cerca de 30 índios armados. Ferreria estava com seu filho de 13 anos e teria ficado refém por duas horas, sofrendo golpes de facão e flechadas.
O diretor-financeiro da Famasul e presidente da Aprosoja-MS, Almir Dalpasquale, de Campo Grande, afirma que o proprietário instalou uma cerca elétrica em sua propriedade para evitar que os animais fossem saqueados e pessoas entrassem no território. Segundo ele, cerca de 30 índios teriam se locomovido até as proximidades da casa do produtor para “tirar satisfações” sobre a cerca.
– A forma como a Funai coloca a história é mentirosa – pontua Dalpasquale.
Na versão da Famasul, Ferreria teria disparado cinco tiros ao alto. Ao terminar a municação, os índios teriam o amarraram em uma árvore. Conforme o diretor da Famasul, a Funai vai semanalmente a Mato Grosso do Sul reconhecer e demarcar propriedades de ruralistas legítimos, às vezes titulados há mais de cem anos.
– O ministro da Justiça precisa olhar para cá e dar um basta nisso.
O Sindicato Rural de Dourados também comunicou que o produtor vivia pressionado pelos índios. Até o momento, foi detido apenas o suspeito João da Silva, apontado pelo grupo como o único que agrediu o produtor. De acordo com o delegado, o depoimento não condiz com o estado em que se encontrava o corpo da vítima.
– O corpo tinha lesões de objetos pontiagudos, um espancamento que uma só pessoa não teria condições de fazer.
O caso ainda está sendo investigado.