O leilão previa entrega do milho nos portos de destinos entre 2 a 14 de maio. No remate da próxima semana, as entregas serão realizadas até o fim de junho. O primeiro lote do leilão é de 20 mil toneladas para entrega no terminal portuário de Cotegipe (BA) entre 27 de maio a 3 de junho. O segundo lote é de 30 mil toneladas destinadas aos portos do Ceará, que devem ser entregues entre 27 de maio a 3 de junho. O terceiro lote é de 28 mil toneladas, das quais 16 mil toneladas devem ser entregues no porto de Cabedelo (PB) entre 27 de maio e 3 de junho, e outras 12 mil toneladas no porto de Natal (RN), entre 5 a 11 de junho. O quarto lote é de 25 mil toneladas, com entrega prevista entre 27 de maio a 8 de junho em Recife (PE).
Segundo fontes do setor, o valor do frete para transporte do milho da região Sul para a região Nordeste não seria impedimento, pois o cereal comprado a R$ 26,00/saca no mercado paranaense poderia ser desembarcado em Salvador (BA) a R$ 38,00/saca. O problema é a logística nos portos, principalmente em Paranaguá (PR), onde o escoamento da soja está próximo de atingir o pico desta safra. Como os lotes são enormes, somente grandes empresas teriam condições de assumir uma operação desta envergadura e bancar um valor de caução tão alto. As fontes não descartam a possibilidade de entrega de milho originado nos portos argentinos, onde ainda não existem problemas de congestionamento de cargas.
O governo publicou na quarta, dia 17, o edital de mais um leilão para compra de milho ensacado com compromisso de entrega nos postos de distribuição na região Nordeste indicados pela Conab. O leilão prevê a compra de 16,2 mil toneladas, das quais quatro mil toneladas serão entregue em Imperatriz (MA) e as 12,2 mil toneladas restantes na região de Minas Gerais, que faz parte da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O maior volume irá para Montes Claros (cinco mil toneladas). O aviso prevê que 30% dos lotes deverão ser entregues entre 20 e 30 de maio. Outros 30% entre 31 de maio e 10 de junho. Os 40% restantes entre 11 e 22 de junho.