– A decisão do produtor acaba sendo pela rentabilidade. Na primeira safra, produtores do Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, por exemplo, podem optar pela soja, para ganhar mais dinheiro e somente na segunda safra fazerem o plantio de milho – disse o especialista, no seminário Perspectivas para o Setor de Alimentos e Agrícola, promovido nesta quinta, dia 18, pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec-SP) e BM&Bovespa.
Guth acrescentou, ainda, que a autarquia quer reabastecer os estoques públicos de milho em até cinco milhões de toneladas este ano.
– O ideal é que se chegue a cinco milhões de toneladas, mas a proposta que foi feita ao Conselho Interministerial de Estoques Públicos (Ciep) de alimentos foi de quatro milhões toneladas que serão adquiridas via contrato de opção de venda feito pelo produtor – explicou.
Ainda segundo ele, o total de cinco milhões virá pela eventual realização de compras via Aquisições do Governo Federal (AGF).
– Pela perspectiva de atingirmos o preço mínimo do milho neste ano, teremos possibilidade de recompor os estoques via AGF, mas ainda é estudo, porque há a limitação de quantidade de produtor – esclareceu.
Guth informou que os estoques atuais da Conab estão em menos de 500 mil toneladas de milho, das quais 250 mil toneladas estão em processo de transferência para atender os criadores prejudicados pela seca no Nordeste.