– Continuaremos lutando. Vamos substituir os químicos [atuais] por outros químicos – destacou.
A comissão, braço executivo da União Europeia, propôs restrições para evitar uma redução acentuada da população de abelhas. Em relatório divulgado no início deste ano, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) afirmou que alguns inseticidas representavam riscos à saúde das abelhas por meio de pó contaminado e resíduos químicos em néctar e pólen. Os químicos usados são do tipo neonicotinoide. Alguns cientistas, produtores e apicultores acreditam que os neonicotinoides reduzem as populações das colônias de abelhas, das quais produtores dependem para polinizar suas plantas.
Segundo a Syngenta, o relatório da EFSA é “fundamentalmente falho”. Em parceria com a Bayer, a empresa propôs um plano de ação incluindo investimentos em soluções que reduzam os riscos à saúde dos insetos.
Venda da Syngenta cresce 6% no 1º trimestre, para US$ 4,570 bilhões
As vendas da suíça Syngenta, uma das maiores empresas de agroquímicos e sementes do mundo, tiveram crescimento de 6% no primeiro trimestre de 2013, conforme mostra relatório financeiro da empresa, divulgado nesta quinta. As vendas no período alcançaram US$ 4,570 bilhões, em comparação com US$ 4,304 bilhões em igual período do ano passado. Excluindo o impacto de aquisições e desinvestimentos no segmento de jardinagem e gramado, as vendas do grupo subiram 8%.
As vendas totais de agrotóxicos foram de US$ 3,125 bilhões no período, o que corresponde a um aumento de 9% ante o período anterior (US$ 2,861 bilhões). Em termos regionais, houve crescimento de 10% nas vendas na Europa, incluindo África e Oriente Médio, para US$ 1,936 bilhão, “com a expansão do portfólio e expectativa de crescimento da área plantada das culturas de primavera”.
O crescimento também foi forte no sudeste da Europa e na França, onde foi lançado um fungicida. O bom desempenho de herbicidas para milho e cereais também teve papel fundamental, relata a companhia, ressalvando que as vendas na Itália e em alguns países do norte da Europa foram menores, em virtude do clima frio e úmido, que atrasou o início de temporada de plantio. A América do Norte teve aumento de 6%, para US$ 1,341 bilhão.
Na América Latina, as vendas no setor de agrotóxicos subiram 16% no período, de US$ 429 milhões para US$ 500 milhões. A Syngenta destaca que o Brasil impulsionou os negócios: “as vendas de fungicidas cresceram mais de 30% e as vendas de inseticidas também cresceram significativamente, por causa do aumento da incidência de insetos na cultura da soja e do algodão”. Segundo a Syngenta, as vendas de defensivos agrícolas para cana-de-açúcar também tiveram expansão.
Com relação ao setor de sementes, as vendas totais da Sygenta alcançaram US$ 1,282 bilhão no mundo no primeiro trimestre de 2013, representando elevação de 5% em comparação com o primeiro trimestre de 2012 (US$ 1,225 bilhão). O destaque em termos porcentuais é o desempenho da Ásia, com aumento de 20% nas vendas, para US$ 58 milhões. Na América Latina, a alta foi de 2%, para US$ 78 milhões.
A Syngenta informa que as vendas de sementes de milho nos Estados Unidos, maior produtor mundial, foram fracas, “após uma forte desempenho do quarto trimestre de 2012”. As vendas de sementes de soja foram ligeiramente mais baixas, com o adiamento das compras por causa do atraso da primavera. A América do Norte apresentou queda de 7% nas vendas de sementes, para US$ 460 milhões.
Em contrapartida, a companhia relata que foi expressivo o crescimento de vendas de sementes de girassol, notadamente na Europa Oriental, o que “mais do que compensou um declínio significativo na beterraba, refletindo menor área cultivada na Europa e nos EUA”. As vendas de sementes na Europa, África e Oriente Médio aumentaram 14%, para US$ 686 milhões.