Apesar disso, o produtor está conseguindo comprar mais milho por quilo de suíno vendido. A relação de troca entre o quilo do animal vivo e o quilo do milho saiu de 6,25 para 6,61 nos últimos sete dias.
No atacado, a carcaça especial recuou 6,7%, caindo de R$ 4,50/kg na semana anterior para R$ 4,20/kg. No varejo, os preços acompanham as quedas ao longo da cadeia. Atualmente, o consumidor paga R$ 10,09/kg pelo pernil com osso, que recuou 3,7% nos últimos sete dias.
Mercado nacional ainda sente forte impacto da Rússia
O mercado suíno brasileiro está abalado pelo desempenho das exportações, apesar de o mercado internacional ser o destino de apenas 18% da produção nacional, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano (USDA, na sigla em inglês). A dificuldade dos produtores para realocar excedentes de carne suína no mercado interno tem sido grande, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
De modo geral, o brasileiro não eleva significativamente o consumo da carne suína in natura diante de reduções de preços. No front externo, a Rússia, principal cliente da carne brasileira, tem sido também a principal vilã. Desde 2011, o setor suinícola brasileiro vem a duras penas tentando driblar as restrições impostas por esse comprador.
Em março, foi novamente a Rússia o país que mais impactou as exportações. Suas compras totalizaram nove mil toneladas de carne suína in natura brasileira, redução de 1,9 mil toneladas em relação a fevereiro – contrariando o avanço observado neste período em vários anos; em 2012, por exemplo, houve acréscimo de 41%.