A mesa diretora foi apresentada durante um evento em São Paulo. Segundo o novo presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior, a agricultura deve continuar em alta neste ano. A associação calcula que as fábricas tenham capacidade para produzir mais de 100 mil máquinas por ano. Em 2012, a indústria vendeu 70 mil máquinas no total.
– O setor de máquinas está sofrendo com a concorrência dos importados. Nós vamos negociar com o governo federal um programa que estimule a produção aqui no Brasil. Fabricantes do mundo inteiro são muito bem-vindos desde que produzam aqui no país – afirma o presidente.
Moan informou ainda que pedirá ao governo, dentro do programa de incentivo às exportações, uma redução dos chamados impostos não compensáveis, ou seja, os que não são incidentes sobre a produção, que correspondem, segundo ele, a 8,8% de carga total.
– São impostos, por exemplo, sobre a luz elétrica utilizada em prédios da administração, sobre alimentos de trabalhadores – disse.
O presidente também falou sobre a da situação na Argentina, um dos principais mercados consumidores das máquinas produzidas no Brasil. Segundo dados da entidade, as exportações de máquinas caíram mais de 36% no primeiro trimestre de 2013.
– Estamos trabalhando fortemente junto com o governo federal para resolver a situação. Mas vamos esperar a reunião entre as presidentes do Brasil e da Argentina no próximo dia 25 para começar as reuniões.
O dirigente refutou as afirmações de que as montadoras no Brasil tenham alta lucratividade e que não revelam números por não ter capital aberto no país.
– A famosa alta lucratividade das montadoras não existe no setor e vamos comprovar isso. Teremos dados rapidamente – afirmou.
Segundo ele, a Anfavea faz um levantamento sobre os ganhos das montadoras no país e irá divulgá-los em breve.
– Vocês só vão acreditar quando eu concluir e divulgar os dados e de preferência com os dados do governo – enfatizou o executivo.