Confinadores esperam baixa no preço do milho para aumentar margens de lucro

Movimento de queda na cotação da saca do grão pode ajudar o setor a se recuperar da crise do ano passadoO ano ainda é de incertezas para quem trabalha com o sistema de gado em confinamento, mas algumas perspectivas animam a cadeia produtiva, entre elas os custos da ração. A Associação Nacional de Confinadores faz projeções para o mercado e apresentou os dados que foram apresentados em um seminário realizado na terça, dia 23, em Cuiabá (MT).

Para os confinadores mato-grossenses, milho barato, com preços entre R$ 12,00 e R$ 17,00 a saca, é realidade. Em São Paulo, a saca do cereal oscila na faixa de R$ 26,00 e há indicadores de que esses valores podem baixar ainda mais. O movimento de perda para os agricultores, também significa recuperação para quem depende da ração para alimentar o rebanho.

Os confinadores vivem a perspectiva de baixa no preço do milho, o que é esperado para os meses de junho e julho. Depois disso, a estratégia de comercialização é fator decisivo para melhorar a margem de lucro.

O Estado de Goiás é o maior produtor em regime de confinamento, com um milhão de cabeças, seguido por Mato Grosso, com 886 mil animais, e São Paulo vem logo atrás com 538 mil cabeças confinadas. No ano passado, os paulistas tiveram os maiores prejuízos com a elevação dos custos de produção, enquanto que Mato Grosso apresentou a melhor rentabilidade para o produtor.

O pecuarista e diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) avalia que a pecuária de confinamento tende a crescer no Estado, já que fatores como elevação do preço da terra e ampliação das áreas de agricultura devem fazer com que o produtor de gado busque cada vez mais essa alternativa para a terminação dos animais.

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