Segundo o coordenador técnico da Câmara Setorial, o engenheiro agrônomo Paulo Lipp, neste ano, a safra de citros no Estado deve alcançar 450 mil toneladas, sendo 65% de laranjas, 33% de bergamotas e 2% de limões, números semelhantes à safra de 2012. Por isso, a importância de orientar os citricultores para que adquiram somente mudas sadias, provenientes de viveiros registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – parceiro da Seapa na iniciativa.
Outra recomendação é que seja cumprida a Portaria Estadual 133, que proíbe a entrada de mudas e plantas de murta vindas dos Estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo, a fim de evitar a entrada do Greening nos pomares gaúchos.
O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, afirmou que a fiscalização nos postos de divisa será reforçada, em uma ação integrada com a Secretaria da Fazenda, para a verificação, por meio das notas fiscais, da entrada de frutos, mudas e murtas de outros Estados. O secretário propôs que seja realizado um contato com o Estado de Santa Catarina para intensificar a fiscalização.
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Representante da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapa, Vinicius Grasselli apresentou as ações de monitoramento do inseto vetor da doença, realizadas em parceria com a Embrapa, nas regiões de Montenegro, Iraí, Marcelino Ramos, Rosário do Sul e Pelotas, e de fiscalização das mudas e plantas de murta nas floriculturas do Vale do Caí e das Centrais de Abastecimento do RS (Ceasa).
O pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso, apresentou a proposta de um projeto de pesquisa para a prevenção e combate ao Greening , que será desenvolvido por cerca de 300 pesquisadores e terá investimento de R$ 30 milhões. Entre as atividades do projeto estão a diagnose de áreas contaminadas, o isolamento da bactéria, o controle biológico do vetor da doença e o estudo dos sistemas de produção em regiões endêmicas. O trabalho deve começar no prazo de três meses.
O greening, também conhecido como Huanglongbing (HLB), é uma doença altamente destrutiva e de difícil controle. A principal forma de disseminação é através do uso de plantas contaminadas, mas a bactéria também é transmitida pelo inseto Diaphorina citri que se hospeda em todas as variedades cítricas e na planta ornamental conhecida como murta. O inseto pode disseminar a doença por distâncias de até 3,5 quilômetros.
