Unica defende incidência da Cide sobre a gasolina

Se fosse retomada no mesmo patamar de 2008, Cide faria com que o preço da gasolina subisse R$ 0,17, dando fôlego ao álcool no mercadoO diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues, defendeu o retorno da incidência da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina como "instrumento factível de estímulo ao investimento de longo prazo". Na quarta, dia 24, Pádua comentou o anúncio de incentivos pelo governo federal ao setor sucroenergético.

Quando foi zerada em 2008, a Cide sobre a gasolina A (pura) era de R$ 0,28 por litro. Se fosse retomada em igual patamar, o preço da gasolina C (com a mistura de 25% de etanol, que passará a valer a partir de 1º de maio) subiria em R$ 0,17, dando fôlego ao álcool.

Pádua reiterou a avaliação da Unica de que a desoneração do PIS e do Cofins para o etanol, oficializada ontem) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, é medida de curto prazo. Porém, ressaltou que a entidade segue em diálogo com o governo federal para uma política de longo prazo ao setor.

Na terça, dia 23, o governo federal anunciou medidas de estímulo à cadeia produtiva da cana, como a redução do PIS e do Cofins para o etanol e uma linha de crédito para estocagem , com prazo de 12 meses e juros de 7,7% ao ano. Os juros do Pro-Renova, programa do BNDES para renovação do canavial, também foram reduzidos para 5,5%.