Hoje, todos os Estados já possuem unidades da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), mas o ministro justificou a necessidade da nova agência alegando que estas pertencem aos Estados e o novo órgão iria “coordenar a política nacional de assistência técnica e extensão rural”, levando a tecnologia ao agricultor e médio produtor, para incrementar a produtividade e melhorar a renda.
– Não vamos partir do zero porque temos uma política de assistência técnica em vigor. Só no orçamento deste ano temos R$ 800 milhões destinados à assistência técnica e extensão rural, mas nós estamos discutindo a qualificação desta política, que o Brasil tinha abandonado nos anos 1990 e, em 2003, foi retomada. Agora, à luz do avanço que tivemos, precisamos qualificar esta política – disse o ministro.
Pepe Vargas explicou que a Embrapa não poderia absorver esta política porque seu foco é a pesquisa agropecuária.
– Ela não faz assistência técnica e extensão rural. Faz pesquisa agropecuária e pode fazer capacitação de multiplicadores para formar agentes de assistência técnica e extensão rural – comentou, ressaltando que as unidades da Emater podem, sim, fazer isso, mas elas são órgãos estaduais.
Grito da Terra
Nesta quarta, representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) entregaram à presidente Dilma Rousseff as reivindicações do Grito da Terra, uma manifestação já tradicional promovida em Brasília (DF) pelos pequenos produtores.
A pauta tem treze pontos centrais, como investimentos em reforma agrária, política agrícola e meio ambiente. A entidade cobra, por exemplo, o assentamento de 100 mil famílias no país. Os pedidos serão negociados com o governo até 22 de maio, quando uma marcha de trabalhadores encerra a mobilização na capital federal.