Mapa testa lacre para acelerar liberação de cargas nos portos

Uso de chip eletrônico vai economizar anualmente cerca de R$ 60 milhões em gastos das empresas exportadoras de carne com energia elétricaCom o objetivo de agilizar o trâmite burocrático para liberação de contêineres nos portos brasileiros, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a iniciativa privada, está testando o uso de um lacre eletrônico nas cargas. Batizado de Canal Azul, o projeto tem sido avaliado nos portos de Santos (SP) e de Navegantes (SC). A expectativa é que o sistema seja implementado em definitivo dentro de um ano.

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– Nas próximas semanas, vamos colocar em funcionamento um terceiro projeto piloto desse sistema no Porto de Paranaguá, no Paraná – explicou o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade.

O processo começa ainda na indústria e, inicialmente, o experimento está sendo adotado apenas para carregamentos de carne bovina (somente no Porto de Santos) e de carne suína (somente no Porto de Navegantes). O contêiner é lacrado com um chip identificador enquanto um funcionário da empresa cadastra informações sobre a carga no Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

– Assim que a mercadoria chegar ao porto, todo o processo burocrático já terá sido realizado. Isso possibilitará conferir mais rapidamente as informações – destacou o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques.

Quando o sistema for implementado por todas as empresas exportadoras de carne, a previsão é de que o setor privado economize anualmente cerca de R$ 60 milhões apenas em gastos com energia elétrica nos portos. O Brasil envia para o mercado internacional cerca de 200 mil contêineres de carne por ano.

A diferença de tempo entre o despacho tradicional da carga (com documentação impressa) e a com chip chega a ser de quatro dias, dependendo do volume de atendimentos. O trâmite também possibilita avaliar se o contêiner foi violado.