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O primeiro estudo a ser realizado para o início das atividades é o de impacto ambiental. Desde a década de 1990, há decisões da Justiça Federal que impedem a navegação comercial na região. O maior entrave fica por conta das questões indígenas.
Os secretários das pastas do Meio Ambiente do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul demonstram interesse na busca pela liberação da chamada Ecovia Paraguai-Paraná. O novo terminal portuário de Santo Antônio das Lendas deve operar através da iniciativa privada e movimentar cerca de oito milhões de toneladas de grãos por ano de safra. O investimento previsto é de R$ 60 milhões, sendo R$ 20 milhões por terminal.
Já existe uma previsão de investimentos federais de R$ 53 milhões para sinalização e para melhorar a navegação do Rio Paraguai até Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Os recursos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento do governo Federal, o PAC Dois.
Na ponta do lápis, o custo-logística hoje consome, em média, 415 dólares por hectare colhido. Com a rota fluvial, esse custo deve cair entre 25% e 30%. O terminal fluvial de cargas de Santo Antônio das Lendas vai beneficiar produtores em um raio de 400 quilômetros. Outra vantagem é que as embarcações que descem com os grãos deverão retornar da Argentina e do Uruguai com trigo para ser beneficiado na zona de processamento de exportação de Cáceres. Após a moagem, a farinha deve abastecer Mato Grosso, Rondônia e Acre. Também deve haver importação de cloreto de potássio, componente fundamental para a adubação do solo. Produto em volume suficiente para abastecer todo o Centro-Oeste, reduzindo o preço do adubo na região.
O estudo de impacto ambiental só deve ser realizado após a liberação do Congresso. Na sequência, serão feitos estudos de viabilidade técnica-econômica-ambiental da estação de transbordo de cargas em Cáceres.