A elevação do preço mínimo do café é resultado da busca do governo em “encontrar um denominador comum capaz de atender às expectativas do setor cafeeiro e, ao mesmo tempo, manter o equilíbrio macroeconômico”, informou o Ministério.
O Mapa informa que encaminhará ao Ministério da Fazenda aviso sobre a distribuição dos recursos do Funcafé para 2013. O CMN deve aprovar o voto na sua próxima reunião. Serão R$ 3,1 bilhões para apoiar o custeio, a colheita e a estocagem; o Financiamento para Aquisição de Café (FAC) pela indústria, pelo setor exportador e cooperativas de exportação; e capital de giro para as indústrias de torrefação e de solúvel. O montante também inclui o crédito para capital de giro das indústrias de torrefação e de solúvel. Na safra atual, o governo destinou R$ 2,7 bilhões para as linhas de crédito do Funcafé, dos quais R$ 2 bilhões foram liberados até dezembro do ano passado
O governo afirma que colocará à disposição dos cafeicultores todos os instrumentos disponíveis para uma comercialização adequada.
Cálculo do reajuste
O governo federal levou em conta as reivindicações dos cafeicultores e utilizou os custos de produção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) como parâmetro para calcular o novo preço mínimo do café. Entretanto, o Ministério da Fazenda considerou o custo de produção de R$ 304,73/saca, estimado pela Conab para safra 2012/2013 e não o valor corrigido para R$ 333,86/saca que foi projetado para a safra 2013/2014, que começa a ser colhida neste mês. Os cafeicultores reivindicavam R$ 340 a saca ou pelo menos o custo da Conab para a próxima safra.
Segundo explicações de um técnico da área econômica do governo, a utilização do custo de produção da safra 2012/2013 como parâmetro tem uma lógica, que é o fato de os gastos com os tratos culturais nas lavouras terem começado no segundo semestre do ano passado, logo após a colheita da safra 2011/2012.
Na avaliação do técnico, houve apenas um atraso na divulgação do preço mínimo, que deveria ter sido estabelecido em setembro do ano passado, antes da florada dos cafezais que resultou na safra que começa ser colhida agora. Vale lembrar que o preço mínimo do café arábica, de R$ 261,69 a saca, não teve qualquer reajuste desde 2009.
O técnico comentou que o valor de R$ 307 representa a média ponderada do custo de produção calculado pela Conab para a maioria das regiões produtoras. Ele diz que no caso dos cafeicultores que têm custos superiores à média, a alternativa será ganhar eficiência para reduzir despesas e melhorar a rentabilidade.