– Se continuarmos com políticas públicas dessa envergadura, em muito pouco tempo daremos a segurança hídrica para o semiárido – disse.
O ministro defendeu uma política de irrigação na região. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff alocou, até 2014, R$ 18 bilhões para ações de segurança hídrica.
– A segurança hídrica do Nordeste não se esgota com a transposição [do São Francisco]. Ela é apenas o começo para aproximar as águas do São Francisco das áreas mais secas e necessitadas. Ela é a mãe de outras obras – afirmou Coelho.
De acordo com Coelho, os recursos federais estão sendo liberados para os Estados e também para os órgãos de combate à seca como a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).
A aprovação da nova política nacional de irrigação também foi comentada pelo ministro. A norma tem o objetivo de incentivar a ampliação da área irrigada para aumentar a produtividade agrícola. Segundo Coelho, a medida ajudará a ampliar a área irrigada do Brasil de cinco milhões para 20 milhões de hectares.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que pretende colocar em votação proposta concretas para a solução dos problemas provocados pela seca no Nordeste até junho. Para isso, o presidente pediu que os autores do requerimento para a realização da comissão geral selecionem, juntamente com o Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara, as propostas que poderão ser colocadas na pauta do Plenário.
Crescimento
Coelho apresentou uma série de estatísticas do governo para mostrar que, mesmo com a seca, a região Nordeste continua crescendo mais do que outras regiões do Brasil. Um exemplo, citado pelo ministro, foi o aumento da aplicação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o semiárido de 31%, em 2004, para 39%, em 2012, totalizando quase R$ 5 bilhões.
Apesar disso, o ministro reconheceu que a renda per capita do semiárido nordestino ainda corresponde a 33% da renda média do brasileiro.