Outro trecho vital para o porto de Santo Antônio das Lendas são os 85 quilômetros entre o centro de Cáceres e o leito do rio Paraguai. O porto é o quilômetro zero da rodovia federal BR 174, que ainda conserva os traços de estrada vicinal. Atualmente, a rodovia é deserta, mas, com o porto de Santo Antônio das Lendas em operação, espera-se que 100 mil carretas passem por ela a cada safra. Além do asfalto, é preciso também ampliar a rodovia.
O acesso rodoviário ao terminal fluvial de cargas do Mato Grosso alivia as rotas para os portos do Sul e Sudeste, além de deixar mais renda na propriedade, já que o frete por rodovia vai passar de dois mil quilômetros para menos de 400.
Os presidentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, e da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Fávaro, acreditam que os investimentos nas estradas de acesso ao porto vão beneficiar também outras cadeias produtivas além da soja.
O terminal portuário e as estradas devem provocar ainda mudanças no perfil da região de Cáceres. Atualmente, a pecuária responde por 90% da economia da cidade. Com estrutura logística, a soja pode se tornar mais competitiva no campo, já que a integração lavoura-pecuária é viável nas zonas mais altas do Pantanal, sem prejuízos ao bioma.
A implantação da BR 174 ainda depende de estudos de impacto ambiental. As obras estão orçadas em cerca de R$ 80 milhões.
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