No IPC-Fipe, o tomate saiu da lista das principais altas e passou para o grupo das quedas mais representativas, contou o coordenador do indicador, Rafael Costa Lima.
– Na ponta (pesquisas semanais) a queda é de 27%. O preço do tomate está realmente se reequilibrando – disse.
A redução no valor médio do tomate permitiu uma deflação de 0,87% nos legumes e, consequentemente, levou a uma menor variação dos produtos in natura na primeira quadrissemana de maio, para 1,83%, ante 3,36% do final de abril, segundo a Fipe.
– A principal mudança (no grupo Alimentação) foi observada nos legumes (de alta de 6,08% para queda de 0,87%). Isso é (efeito) do “nosso amigo” tomate, mas os in natura não pararam de pressionar por completo a inflação e os semielaborados estão perdendo o ímpeto da queda – avaliou, dando como exemplo as altas da batata (11,09%) e do feijão (8,09%).
O grupo Alimentação, que subiu 0,15% na primeira leitura do mês, contou com a elevação dos industrializados (0,12%) e recuo nos semielaborados (1,29%). Neste último, o economista destacou a queda menos intensa das carnes bovinas, que passaram de declínio de 3,80% para baixa de 2,48%.
– Em 12 meses até abril, a alta é de apenas 0,18%. Aparentemente, não tem mais espaço para cair – afirmou Costa Lima.