Subvenção ao etanol no Nordeste custará R$ 520 milhões

No caso da cana, o auxílio, que passou de R$ 5 para R$ 12 por tonelada, resultará no desembolso de R$ 127 milhõesA subvenção econômica que será concedida pelo governo federal às indústrias produtoras de etanol combustível na região Nordeste, para amenizar os prejuízos provocados pela maior seca dos últimos 50 anos, custará aos cofres públicos cerca de R$ 520 milhões. Os subsídios concedidos às indústrias abrangem a produção de etanol na safra 2011/2012 destinada ao mercado interno. No caso da cana-de-açúcar, a subvenção aos agricultores, que passou de R$ 5 para R$ 12 por tonelada, resultará no desembolso d

As subvenções constam da Medida Provisória 615, publicada nesta segunda, dia 20, no Diário Oficial da União. Pela medida, o governo zerou a alíquota de PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre os valores efetivamente recebidos exclusivamente a título da subvenção do produtor fornecedor independente e das unidades industriais produtoras de etanol combustível. A MP também trata da equalização de taxas de juros nas operações de financiamento de estocagem de etanol e renovação de canaviais.

– O governo tem consciência de que existe diferencial entre produção de cana do Nordeste com o Sudeste e o Centro-Oeste – defendeu Dilma durante encontro com produtores da cultura em Recife (PE).

– O governo não pode ficar insensível à força econômica. Produtores de cana e também de etanol [do Nordeste] têm tido problemas relativos à competitividade nacional e qualquer país do mundo tem de ter consideração pelas diferenças locais, que geram riquezas – acrescentou Dilma.

Após receber elogios do governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), a presidente afagou ainda também os políticos no processo para a concessão dos benefícios para os produtores e usineiros.

– É preciso reconhecer a importância dos parlamentares na interlocução – concluiu a presidente, citando nominalmente apenas o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE).

O governador de Pernambuco disse nesta segunda que é necessário ter um “olhar sistêmico” sobre o setor sucroalcooleiro do nordeste para que ele “floresça”. Para Campos, é importante uma união entre as diversas esferas do poder para dar força ao setor.

– Há uma série de questões que temos que resolver de uma vez por todas. Temos que combater o preconceito contra o setor sucroalcooleiro do Nordeste – emendou.

Agência Estado