Apesar da retração na economia mundial e da queda nas cotações internacionais, os produtores vêm conseguindo manter os mesmos patamares de preço do ano passado, em torno de R$ 43 por saca, segundo o diretor da Brasoja, Antônio Sartori.
? Devemos chegar a 9 milhões de toneladas ? diz Sartori, que participou do 20º Fórum Nacional da Soja, nessa terça, dia 17, na Expodireto Cotrijal, que vai até sexta-feira, em Não-Me-Toque.
Para o especialista, o atual preço foi garantido pela combinação da quebra de 8,5 milhões de toneladas na Argentina e de 2,5 milhões de toneladas no Paraná com a alta do dólar. A valorização da moeda norte-americana compensou a queda na cotação internacional para os atuais US$ 9 por bushel (27,21 quilos), depois de atingir US$ 16 em 2008.
No final do painel, o agrônomo da Emater/RS Cláudio Doro questionou a estimativa de Sartori, dizendo que dados colhidos apontavam para um rendimento abaixo do esperado. O órgão projeta 8,4 milhões de toneladas.
Otávio Costa, produtor no interior de Passo Fundo, ficou aliviado com a produção alcançada. Por causa da estiagem no fim de 2008, temia perder o investimento. Nessa terça, trabalhava na colheita dos cem primeiros hectares.
Na feira, o governo do Rio Grande do Sul anunciou medidas de apoio à produção e que alteram o ICMS do feijão, leite e biodiesel.