Para o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Guilherme Marques, as duas resoluções mostram a confiança da comunidade internacional nos sistemas de prevenção adotados pelo Brasil.
– A qualidade do sistema de defesa implementado no país foi reafirmado pelas medidas aprovadas pelas nações que fazem parte da OIE.
Em relação à “vaca louca”, em fevereiro deste ano, o comitê científico da entidade já havia afirmado que a identificação de um caso atípico, numa fazenda do Paraná, não coloca em risco a saúde animal ou dos consumidores dos parceiros do Brasil.
A outra medida aprovada pela comunidade internacional, de país livre de peste equina, é inédita. Em maio de 2012, a OIE criou um processo de reconhecimento oficial de status da doença e, apenas este ano, a entidade divulgará a primeira lista com as classificações dos países-membros.
Os interessados em serem qualificados como livres da peste equina pela OIE precisam apresentar um questionário de acordo com a legislação prevista no Código Sanitário para Animais Terrestres.
Primeiro, as informações técnicas são avaliadas pelo grupo Adhoc, com especialistas na enfermidade, avaliando o documento como satisfatório e, após, remetidas a uma comissão científica da entidade composta por especialistas do mundo inteiro no controle da doença. Se todos os documentos tenham base científica, a documentação é encaminhada para a apreciação de todos os países membros por 60 dias.