A produção estimada é 10,9% superior as 166,17 milhões de toneladas colhidas na safra passada, quando a forte estiagem provocou quebras na produtividade de milho e soja na região Sul. A diferença foi de apenas 150 mil toneladas em relação ao levantamento anterior, que estimava 184,15 milhões de toneladas.
O estudo da Conab prevê aumento de 18,13 milhões de toneladas no volume de grãos que será colhido na safra atual, impulsionado pelo aumento de 10,7% na área cultivada de soja e de 17,5% no milho. Segundo a Conab, as condições climáticas também favoreceram o bom desempenho da produtividade das lavouras, apesar da estiagem e excesso de chuva em algumas áreas.
Os dados mostram que a soja foi a cultura que mais contribuiu para o aumento da produção de grãos e deve atingir o volume recorde de 81,28 milhões de toneladas, que é 22,4% superior ao colhido na safra passada (66,38 milhões de toneladas da última safra). A previsão é de recorde também para o milho de segunda safra, semeado após a colheita da soja, que deve crescer 11,5% e atingir 43,62 milhões de toneladas, superando pela segunda vez na história a produção safra de verão do cereal, estimada em 34,85 milhões de toneladas. A produção de arroz também cresce (2,8%) e passa das 11,6 milhões de toneladas para 11,92 milhões de toneladas.
A área total plantada de grãos cresceu 4,6% sobre os 50,89 milhões de hectares da safra passada e atingiu a 53,20 milhões de hectares. Os melhores desempenhos foram observados para a soja e milho. A área de soja cresceu 10,7%, passando de 25,04 milhões para 27,72 milhões de hectares, enquanto a de milho de segunda safra aumentou 17,5%, subindo de 7,62 milhões para 8,95 milhões de hectares.
Safra de trigo crescerá para 5,56 milhões de toneladas
A produção nacional de trigo deve alcançar 5,56 milhões de toneladas, representando um incremento de 26,9% em relação à safra passada. Do total produzido, 44,2% dos grãos serão colhidos no Rio Grande do Sul, 47,2%, no Paraná e o restante, nos demais Estados produtores.
A área a ser cultivada poderá ser de 2,07 milhões de hectares, 9,4% acima da anterior. De acordo a Conab, a recuperação de parcela da área, que deixou de ser cultivada nos últimos anos, tem relação com a melhoria dos preços na safra anterior, em virtude da menor produção mundial e brasileira, que repercutiu favoravelmente entre os produtores.