Presidente Dilma anuncia Plano Safra do Semiárido para final do mês

Governo está desenvolvendo um conjunto de ações como carros-pipa, cisternas, bolsa estiagem e bolsa garantia, além de R$ 32 milhões para segurança hídricaA presidente Dilma Rousseff afirmou que um dos pontos mais importantes do Plano Safra da Agricultura Familiar será o lançamento, no final deste mês, do Plano Safra Semiárido.

– O mais importante além da Agência de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) – enfatizou.

Ela explicou que o governo está desenvolvendo um conjunto de ações na região, como carros-pipa, construção de cisterna, bolsa estiagem e bolsa garantia, além de R$ 32 milhões para garantia de água (segurança hídrica). Dilma destacou que pretende fazer pelo semiárido “o que não foi feito”.

– Vamos fazer de forma mais acelerada, pois só a garantia hídrica não dá conta. A seca é um fenômeno recorrente. Vamos ter uma atitude que é a mesma da gente que convive com inverno rigoroso. Vamos criar mecanismos de segurança produtiva. Vamos adaptar o plano safra às condições do semiárido.

A presidente destacou o papel da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem propostas de tecnologia para a região.

– O governo tem de juntar todas as propostas existentes, com participação dos governos estaduais, para formular o primeiro Plano Safra o Semiárido. E a cada ano vamos aperfeiçoar, até termos o melhor Plano Safra do Semiárido. Nós não só podemos como faremos, juntos, nós faremos – declarou.

Ainda segundo a presidente, a criação da Anater era “uma obsessão” do seu governo.

– Tinha de resolver a questão da desigualdade no acesso às tecnologias geradas pela Embrapa, pois temos um uma agricultura tropical de excelência. Temos de dar braços e pernas para a Embrapa.

Segundo ela, a Anater será um órgão de difusão de tecnologia, para quem não tem acesso, os pequenos e médios. Ela lembra que com o uso de tecnologia se produz mais e melhor em uma mesma área, com menor custo de produção. Segundo disse, a Anater será “uma via de mão dupla”, pois o técnico do setor privado que irá às propriedades difundir as tecnologias também conhecerá as demandas dos agricultores para levar aos pesquisadores. 

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, afirmou, durante o lançamento do plano, que a Anater deve receber R$ 1,4 bilhão em recursos do Orçamento da União em 2014. O custeio da agência, segundo ele, não deve superar R$ 25 milhões anuais.

Agência Estado