Os produtores de soja de Mato Grosso entraram em 2012 na Justiça contra a Monsanto pedindo o fim das cobranças dos royaltites da soja transgênica de primeira geração, a RR1, já que segundo eles a validade da patente terminou no dia 31 de agosto de 2010. Além disso, os agricultores pedem a devolução de mais de R$ 500 milhões que foram pagos nas safras 2010/2011 e 2012/2013. O processo ainda está correndo na Justiça de Mato Grosso.
Nesta terça, representantes dos produtores estiveram reunidos a portas fechadas na sede da Famato. A multinacional recebeu recentemente a aprovação para que seja comercializada a segunda geração de soja transgênica, a Intacta, também conhecida como RR2. A ideia era vender o hectare plantado desta semente por R$ 115. Agora, a empresa propõe dar um desconto aos produtores de Mato Grosso. Eles pagariam apenas R$ 96,50 durante um período de quatro anos. Em troca do desconto, o produtor poderia retirar a ação na Justiça e a dívida passada da soja de primeira geração deixaria de existir.
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– Nós temos que ver isso, porque no passado já sofremos com eles – disse Galvan.
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Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça em Cuiabá. Até lá, os sindicatos devem convocar assembleias para discutir o tema e trazer as demandas de cada região para o próximo encontro.
Posicionamento da Monsanto
A multinacional divulgou nesta quarta, dia 19, uma nota afirmando que busca alcançar opções construtivas que beneficiarão todas as partes. Veja a íntegra da nota:
À luz da recente aprovação de INTACTA RR2 PRO™ pela China, a Monsanto está trabalhando para disponibilizar essa tecnologia aos produtores brasileiros ainda nesta safra. Em breve, a Monsanto informará a política comercial de INTACTA RR2 PRO™. Como parte desse esforço, a Monsanto continua a manter um diálogo aberto com os principais líderes da agricultura brasileira, e busca alcançar opções construtivas que beneficiarão todas as partes. À medida que este diálogo avançar, mais informações serão divulgadas.
