>>Chuvas atrapalham plantio de trigo no Paraná e em Santa Catarina
– Estamos trabalhando com possibilidade de área de 4% a 5 % maior do que o ano passado – disse o técnico da Emater-RS Dulphe Pinheiro Machado.
A avaliação da fase inicial de plantio é considerada vantajosa, com boas condições de solo para o desenvolvimento do cereal. No entanto, fica o alerta para a chegada do inverno e das baixas temperaturas, que devem impactar a fase de florescimento do trigo.
Na propriedade do agrônomo Carlos Alexandre Santos, em Rio Pardo, ele plantou 50 hectares de trigo, mesma área do ano anterior. Até o final de outubro, ele espera colher três mil quilos do grão, o equivalente a 50 sacas por hectare.
– No ano passado, tivemos muita chuva. Agora, estamos torcendo para ter um ano mais favorável. Já chegamos a colher 74 sacos, vai depender muito do clima – diz Santos.
O cenário internacional também deve interferir no rumos do mercado de trigo no país. De acordo com o gerente da Cooperativa Cotriel, de Rio Pardo, caso o dólar sontinue subindo, a tendência é de que o Brasil deixe de importar o grão, o que contribuiria para um aquecimento interno.
– Eperamos que o dólar se mantenha nesses patamares – aponta Adilson Nazari.
Até a entrada da próxima safra, o trigo deve seguir valorizado no Rio Grande do Sul, com preços firmes que chegam a R$ 690,00 a tonelada.
– O que a gente tem nesse momento é um período de desabastecimento. A Argentina também teve quebra. Isso deu base para os preços valorizados – pontua o analista de mercado Renan Gomes.