Pelo menos 42 expositores do Brasil e do exterior participam do evento, que é a segunda maior feira do setor. As principais demandas também são discutidas em fóruns e palestras. O uso da aviação para combate a queimadas não é propriamente uma novidade, mas passa a ter maior importância com desastres ecológicos em áreas de preservação ambiental.
O combate à incêndio ganhou destaque no setor depois da grande queimada na reserva ecológica do Taim em março deste ano. Houve demora no combate às chamas porque os avições tiveram que vir da Bahia.
A base aérea mais próximas seria no Paraná, mas não existem empresas credenciadas no Instituto Chico Mendes, ONG que coordena as ações de combate a incêndios em zonas de preservação federal. Por outro lado, o Rio Grande do Sul, que tem a maior frota de aviões agrícolas do sul, não teve como auxiliar, já que o trabalho é realizado somente por empresas contratadas através de licitação.
O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), Nelson Paim, pede alterações no atual sistema:
– A gente pede mudanças na regra. Estamos vendo que quanto mais perto a base estiver do foco de incêndio, melhor é para vencer as chamas.
O coordenador de emergências ambientais do Instituto diz que a ONG está preocupada com necessidades semelhantes em outras regiões do país. Hoje, existem quatro bases aéreas para atender todo o país. Hoje, existem quatro bases aéreas para atender a todo o país em caso de incêndio florestal: em Lençóis, na Bahia; Mateiros, em Tocantins; Foz do Iguaçu, que está desativada; e em Cuiabá, em Mato Grosso.
Minas Gerais é o Estado melhor estruturado para combater incêndios com o uso da aviação. São 16 aeronaves, distribuídas forma estratégica entre bases central e sub-bases. A força tarefa Previncêndio é a primeira da América Latina e é coordenado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
O instrutor de formação de Brigada, Jarbas de Alcântara, lembra que o caso de Minas Gerais é uma referência, já que se priorizou a redução de focos de incêndio desde 2010. Ele, que também é técnico ambiental, defende o uso racional do fogo no campo para que produtores e moradores de áreas rurais não coloquem em risco o meio ambiente e as áreas de agricultura e pastagens.
– A gente precisa do fogo, tem que usar, mas que seja dentro das normas. Tem que saber usar o fogo para que não saia do controle.