Contratos pelo Programa ABC chegam a 80%

Do lançamento do primeiro Plano Agrícola e Pecuário, em 2010/2011, até o atual, houve aumento de 555% na adoção das tecnologias previstas no programaEntre julho de 2012 e maio deste ano, os financiamentos pelo Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) alcançaram R$ 2,73 bilhões, crescimento de 142,7% em relação ao mesmo período da safra anterior, o que corresponde a 80% do total. O Brasil é um dos países que mais se dedica a discussão sobre redução de emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) no âmbito internacional.

Do lançamento do primeiro Plano Agrícola e Pecuário, realizado em 2010/2011, até o atual, vigente até junho de 2013, houve um aumento de 555% na adoção das tecnologias previstas no ABC, tais como a recuperação de pastagens degradadas, sistema plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, florestas plantadas, entre outras.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agriculta, Pecuária e Abastecimento, Caio Rocha, o número de contratos cresce a cada ano safra e, dessa forma, será possível cumprir até 2020 o compromisso, assumido pelo governo na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), de reduzir as emissões de GEE entre 36,1% e 38,9%.

O Plano ABC teve início em 2011 e já acumula cerca de 15 mil contratos firmados com produtores rurais. O montante de recursos já utilizados, a partir de 2010, medidos até abril de 2013, já somam R$ 4,6 bilhões.

O setor agrícola, em função de suas características e sensibilidade, é extremamente vulnerável às prováveis mudanças climáticas, distinguindo-se dos demais setores no que se refere ao tratamento do tema. O ABC tem por finalidade a organização e o planejamento das ações a serem realizadas para a adoção das tecnologias de produção sustentáveis para o campo, de forma a reduzir as vulnerabilidades do setor.

O programa de crédito tem sido difundido no país, também, por intermédio dos Grupos Gestores Estaduais (GGEs), mediante a realização de eventos técnicos e dias de campo. Já foram capacitadas mais de 8,9 mil pessoas, sendo que 70% são profissionais das áreas técnicas.