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O relatório também sugere que o intervalo a cada quatro horas de direção passe para seis horas e, em vez de descanso de 30 minutos a cada parada e uma hora para almoço, o motorista possa descansar por três horas. O deputado propõe ainda modificações na lei de cobranças de pedágio.
A reunião desta terça, dia 2, na Comissão foi tumultuada, com a presença de representantes dos trabalhadores, que contestavam as propostas do relator, principalmente quanto ao período de descanso. O presidente da comissão, deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), solicitou que um dos manifestantes fosse retirado do plenário. Os ânimos esquentaram e houve princípio de confusão.
Durante quase toda a atividade, as discussões sobre as modificações na lei ficaram em segundo plano. O foco dos debates foi o adiamento da comissão.
– Está claro que o governo não quer votar. Nós temos uma proposta, é o que o Brasil precisa. Infelizmente, não temos a boa vontade dos parlamentares para buscar uma solução, e a crise esta aí, a greve acontecendo, e, nós, figindo que não estamos vendo isso – destacou o deputado federal Valdir Colatto (PMDB-SC).
– Eu entendo que a lei pode ser modificada, mas não o que está sendo sugerido. Estender a jornada de trabalho para seis horas. Seis horas consecutivas ao volante, não há um profissional de saúde que consolide que isso é possível – afirmou o deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ).