Para ter acesso ao prêmio e receber o preço mínimo de garantia, o agricultor terá de comprovar a venda do milho a criadores de aves e suínos, tradings ou indústrias. O cereal não poderá ter como destino final as regiões Sul e Sudeste (exceto norte de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro), além de Bahia, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia e Tocantins.
Segundo o Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, no momento serão leiloadas 1 milhão de toneladas, mas será analisada a necessidade para dar sustentação ao produtor, principalmente em Mato Grosso.
– O leilão é importante, principalmente, para a região do Mato Grosso. Nós estamos com um excedente muito grande de milho e já tem algumas regiões que estão começando a ter problema de armazenagem – disse Geller.
De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, esta é a melhor maneira de equalizar o preço do milho produzido em Mato Grosso com o do mercado consumidor, e resolver de forma emergencial o problema da armazenagem. Andrade afirmou ainda que o produto adquirido no leilão será enviado, inicialmente, para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dois Estados onde a produção não atende o consumo local.
– O que nós queremos garantir, é uma distribuição desse grão por todo o país, para onde for necessário. Queremos, ainda, garantir no ano que vem uma produção maior do que esse ano e que os nossos produtores sejam estimulados a plantar – disse Andrade.
No leilão serão ofertados prêmios para escoamento de 330 mil toneladas de milho na região norte 1 (Alta Floresta, Apiacás, Aripuanã, Carlinda, Castanheira, Cláudia, Colíder, Colniza, Cotriguaçu, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Itanhangá, Itaúba, Juara, Juína, Juruena, Marcelândia, Matupá e Nova Bandeirantes) e o prêmio será de R$ 4,32 a saca. Prêmios para 430 mil sacas serão ofertados para a região centro-norte (Ipiranga do Norte, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Tapurah). O valor será de R$ 3,72 a saca.
O prêmio será também de R$ 3,72 para 240 mil toneladas na região centro-sul de Mato Grosso (Acorizal, Alto Paraguai, Arenápolis, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Campos de Júlio, Comodoro, Conquista d’Oeste, Cuiabá, Denise, Diamantino, Jangada, Nobres, Nortelândia, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Lacerda, Nova Marilândia, Nova Mutum, Nova Olímpia, Pontes e Lacerda, Rosário Oeste, Santa Rita do Trivelato, Santo Afonso, São José do Rio Claro, Sapezal, Tangará da Serra, Várzea Grande e Vila Bela da Santíssima Trindade).
Várias regiões produtoras, como sul e oeste de Mato Grosso, foram excluídas no leilão, porque as cotações de mercado estão acima do preço mínimo. O governo deve anunciar nos próximos dias mais um leilão de opções de venda de milho em Mato Grosso, com oferta de 500 mil toneladas.