Queijo candango anima produtores do Distrito Federal

Produto especial desenvolvido pela Emater-DF já é feito em sete laticínios e conquista consumidoresPara comemorar os 53 anos de Brasília, a Emater-DF desenvolveu uma nova receita de queijo que vem conquistando consumidores e produtores. E o produto recebeu um nome que tem tudo a ver com a história da cidade: candango.

– Pensamos em queijo de cerrado, mas como existe cerrado em várias partes do Brasil resolvemos homenagear aquelas pessoas que vieram de longe daqui para ajudar na construção de Brasília, que são os candangos – conta o técnico da Emater-DF José Roberto de Oliveira

Laticinista há quase 50 anos, José Roberto que teve a ideia de criar o queijo candango, uma forma diferente de homenagear a cidade no aniversário de 53 anos. Lançado em abril deste ano, o queijo candango ganha cada vez mais espaço no mercado. Padarias, quiosques, empórios e laticínios já comercializam o produto, que custa em torno de R$ 18/quilo.

Mas não é só o consumidor que sai ganhando com a inovação, para os produtores, o candango deve esquentar o mercado. O produto já é feito em sete 7 laticínios no Distrito Federal.

– Os produtores estão confiantes, eles, já estão comprando vacas, vão produzir mais leite e terão um preço garantido no leite. Nós vamos vender para o Brasil todo esses queijos e movimentar a economia, gerar emprego direto e indireto – anima-se o laticinista Paulo Góes.

O padrão de fabricação do queijo candango foi desenvolvido no ano passado. A Emater-DF passou a fórmula a alguns laticínios e cada um teve o desafio de dar um toque diferenciado ao produto. Depois, 10 jurados escolheram o queijo que hoje representa o Distrito Federal: uma receita feita de leite de vaca e outra de cabra. A fórmula tem como base o meia-cura, comum em várias regiões do Brasil, mas é no processo de pasteurização que o queijo começa a se tornar diferente: cascudo por fora e cremoso por dentro.

– A pasteurização vem melhorar a qualidade do leite e, logicamente, do produto final, eliminando bactérias que podem fazer mal a saúde e ao produto também – explica o técnico José Roberto.

O leite é aquecido com sal a uma temperatura de 40ºC, em seguida, é resfriado novamente, e após recebe outros ingredientes, como o fermento lácteo, o cloreto de cálcio e, por último, o coalho. Se o leite for de vaca, ainda é adicionado corante de urucum. Retirado o soro, é só esperar o tempo certo da cura e empacotar a vácuo.

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