Técnicos do Rio Grande do Sul revisam regiões de fronteira do Estado com maior foco de sarna ovina

Doença causa coceira, enfraquecimento, feridas e queda da lã, e é extremamente contagiosaAs visitas técnicas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) a municípios de fronteira com o Estado do Rio Grande do Sul onde há maior incidência de focos de sarna ovina estão sendo retomadas. Embora no mutirão realizado no mês de maio o índice de cura tenha chegado a 100%, a revisão é necessária, assegura o técnico Ivo Junior, do Serviço de Doenças Parasitárias e Programa Estadual de Sanidade Ovina da Seapa.

Regiões como Livramento, Quaraí e Dom Pedrito concentram o trabalho dos profissionais, que, em setembro, repetirão a ação.

– Por ser época de parição de ovinos, o manejo com os animais pode ser tornar perigoso e causar perdas de cordeiros – alerta Junior.

Em função da demanda, técnicos de outras supervisões se deslocam e ajudam no diagnóstico e controle da parasitose. Até agora, já foram visitadas mais de 30 propriedades, totalizando 12 mil ovinos tratados e curados. Desde 2010, a secretaria atua na região de Livramento. Há três anos começaram a surgir novos casos depois de dez sem notificações.

O trabalho é feito em parceria com o Ministério da Agricultura do Uruguai, onde a doença também está presente e vem sendo combatida. A sarna causa coceira, enfraquecimento e queda da lã, feridas na pele, além de ser extremamente contagiosa, segundo Junior.

A notificação é obrigatória. Deve ser comunicada às inspetorias sempre que o produtor presenciar lã nas cercas, que os animais estiverem se coçando (movimento de pedalar), se esfregando nas paredes e cercas, houver perda de lã e feridas em forma de crostas secas e úmidas.