A queda de 50,1% no faturamento do setor de máquinas e implementos agrícolas no primeiro bimestre ainda é reflexo da redução das vendas nos últimos meses de 2008. Isso porque as fabricantes de máquinas trabalham sob encomenda e a entrega demora em média 60 dias.
Entretanto, os resultados de duas feiras agropecuárias importantes realizadas recentemente, a Expodireto no Rio Grande do Sul e a Coopavel no Paraná, deixam o setor otimista. As vendas aumentaram de 20 a 30% em relação às edições anteriores. Os produtores estão comprando estimulados por programas sociais, como o Pró-trator do governo de São Paulo e o Mais Alimentos, do governo federal.
Já a indústria de bens de capital não acompanha o otimismo do setor de máquinas e implementos agrícolas. O faturamento de R$ 8 bilhões no acumulado do ano é 26% menor do que o registrado em 2008. Nos últimos quatro meses, o setor demitiu mais de 12 mil pessoas. De acordo com o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, se a crise não chegar ao fim, o quadro ainda pode piorar, chegando a 50 mil demissões.