– As temperaturas nas principais áreas produtoras estão mais elevadas na última semana e há previsão de que continuarão assim no curto prazo, o que ajudará a safra a se desenvolver – diz Randy Mann, presidente do Conselho de Exportação de Soja dos Estados Unidos.
Na semana passada, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em quase 5% a estimativa para produção doméstica de soja no ano comercial que começará em 1º de setembro, para 88,6 milhões de toneladas, citando uma produtividade menor que a esperada inicialmente.
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Os EUA são o maior produtor de soja do mundo, mas na temporada atual perderam o primeiro lugar no ranking de exportação para o Brasil. Os norte-americanos tiveram que importar quase 1 milhão de toneladas em 2012/2013, depois que uma severa estiagem reduziu o rendimento das lavouras e encolheu os estoques domésticos para 3,4 milhões de tonelada, segundo dados divulgados no último relatório mensal do USDA.
– Ainda restam seis semanas antes do início da colheita e ainda podemos ter uma safra superior a 90 milhões de toneladas – afirma Mann, que cultiva milho em uma área de cerca de 1,8 mil acres (728 hectares) em sua propriedade em Kentucky.
Drew Lerner, um meteorologista da World Weather, no Kansas, prevê que haverá calor suficiente até o fim de agosto ou início de setembro para atrasar em uma ou duas semanas a chegada das geadas em algumas partes do cinturão produtor.
Sem geadas precoces, o potencial de perdas em decorrência do atraso no plantio será compensado e a produção pode ficar acima de 90 milhões de toneladas, avalia Sharon Covert, que produz soja e milho em 2.400 acres (971 ha) em Tiskilwa, no Estado de Illinois.
– Nem todos os produtores plantaram soja tardiamente e estamos esperando produtividades de até 50 bushels por acre em nossa fazenda, enquanto a média para o Estado de Ohio deve ficar em 47 bushels por acre – conta Daniel Corcoran, proprietário de 2,4 mil acres em Piketon, Ohio.
A estimativa oficial do USDA para produtividade média da safra 2013/2014 ficou em 42,6 bushels por acre no levantamento apresentado em 12 de agosto, mas o presidente do Conselho de Exportação de Soja afirma que as temperaturas mais altas em setembro podem resultar em uma média nacional de 44 bushels por acre.
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