Liberações do crédito rural sobem 56,1% em julho

Levantamento do Ministério da Agricultura indica que a maior expansão no montante liberado para a agricultura empresarial ocorreu nas operações de custeio e comercializaçãoAs liberações de recursos do crédito rural em julho, primeiro mês da safra 2013-2014, atingiram R$ 10,613 bilhões, valor 56,1% superior ao liberado no mesmo mês de 2012. As contratações de crédito pela agricultura empresarial aumentaram 55,1%, para R$ 9,495 bilhões, enquanto que pela familiar o valor subiu 65,3%, para R$ 1,117 bilhão. Os dados foram computados pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.

O levantamento mostra que a maior expansão no montante de crédito liberado para a agricultura empresarial ocorreu nas operações de custeio e comercialização, que em julho somaram R$ 7,625 bilhões, 63,5% acima do contratado no mesmo mês de 2012. A maior parte das operações (R$ 7,015 bilhões) foi de linhas de crédito a juros controlados de até 5,5%. No primeiro mês desta safra, não houve demanda das usinas pela linha destinada à estocagem de álcool, que conta com dotação de R$ 2 bilhões e juros de 7,7% ao ano.

As liberações de crédito para investimento cresceram 28,4% e somaram R$ 1,870 bilhão. O destaque é a linha de crédito do programa destinado ao financiamento da compra de bens de capital (PSI-BK), que tem taxas de juros de 3,5%. As liberações do PSI-BK em julho somaram R$ 915,6 milhões, valor 61,7% superior ao mesmo mês do ano passado. O programa de incentivo à agricultura de baixo carbono (ABC), um dos destaques na safra passada, começou a atual com redução de 30,6% nas liberações, que somaram R$ 114,4 milhões. O programa ABC tem taxas de 5% ao ano.

Outra linha de crédito que apresenta boa demanda é a destinada ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), que tem taxas de juros de 4,5% ao ano. No caso dos repasses do Pronam para custeio, o montante de recursos cresceu 119%, para R$ 698,3 milhões e para investimento houve expansão de 168%, para R$ 186,2 milhões.

O balanço mostra que os repasses das linhas de crédito de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) atingiram apenas R$ 8,5 milhões, valor 92% abaixo do liberado em julho de 2012. As linhas do Funcafé para custeio, estocagem e comercialização têm taxas de 5,5% ao ano.

Agência Estado