Cotação de milho tem forte valorização doméstica

Indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu expressivos 5,67% entre 19 e 26 de agosto, com a saca de 60 quilos a R$ 24,96 na segunda, dia 26As cotações de milho têm subido com força no Brasil, especialmente no mercado disponível. Além das intervenções governamentais para o Centro-Oeste e da estimativa de menor oferta no Paraná, recuperações recentes das cotações internacionais e a valorização do dólar perante o real influenciam as reações mais intensas no Brasil. Agora, vendedores se retraem ainda mais, mas novas efetivações foram feitas para exportações, que ganharam força nos últimos dias.

O indicador Esalq/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu expressivos 5,67% entre 19 e 26 de agosto, com a saca de 60 quilos a R$ 24,96 na segunda, dia 26. Se forem considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 24,52 a saca de 60 quilos na segunda, com alta de 5,73% em sete dias. 

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Leilão de equalização de preços negocia 98% dos prêmios

O leilão de equalização de preços do milho (Pepro) realizado nesta terça, dia 27, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que assegura subvenção do governo aos arrematantes dos prêmios, negociou volume de contratos correspondente a 1,471 milhão de toneladas, ou 98% da oferta de 1,5 milhão de toneladas. A administração federal arrecadou R$ 68,992 mil na venda dos prêmios.

A maior disputa no leilão desta terça-feira aconteceu na negociação dos prêmios para subvenção de 100 mil toneladas de Goiás, que foram arrematados, integralmente, com deságio de 52,5% em relação ao valor de abertura, ao preço de R$ 0,91 a saca. Para receber a subvenção, os produtores goianos terão de comprovar a venda do cereal no mercado por, pelo menos, R$ 17,46 a saca. O preço mínimo é o mesmo para Mato Grosso do Sul, onde foram arrematados prêmios para todas 100 mil toneladas ofertadas, sem deságio em relação ao valor de abertura de R$ 1,92 a saca. 

Em Mato Grosso, foram arrematados prêmios para 1,271 milhão de toneladas, que correspondem a 98% da oferta de 1,3 milhão de toneladas. A maior disputa foi registrada para 425 mil toneladas ofertadas e comercializadas na região centro-sul de Mato Grosso, onde ficam Campo Novo do Parecis e Campos de Júlio, que registrou deságio de 38% em relação ao valor de abertura, a R$ 2,42 a saca. Os produtores de Mato Grosso receberão o prêmio após comprovar a comercialização do milho por pelo menos R$ 13,02 a saca.

Na região norte de Mato Grosso, onde ficam Sinop e Alta Floresta, houve demanda pelos prêmios ofertados para 385 mil toneladas, que ao fim tiveram deságio de 26,5% ante o preço de abertura e ficaram em R$ 3,31 a saca. Na região centro-norte, onde estão localizados Lucas do Rio Verde e Sorriso, os prêmios para 390 mil toneladas foram todos arrematados, com deságio de 12,5% e valor de R$ 3,31 a saca. Na região nordeste, onde ficam Querência e Confresa, foram ofertados prêmios para 100 mil toneladas e negociados títulos para 71.527 toneladas, sem deságio em relação ao valor de abertura de R$ 3,18 a saca.

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