Produtores de soja de Mato Grosso estão preocupados com o escoamento da produção de 2014

Mesmo antes de plantar a próxima safra, produtores temem que problema de armazenagem se estenda até o ano que vemProdutores de Mato Grosso estão preocupados com os problemas que devem enfrentar para escoar a produção de 2014, mesmo antes de começar a plantar a safra de soja. O Estado já sofre com a falta de armazéns para estocar a produção de grãos e temem que a situação possa piorar. Grande parte da produção de milho não deve ser escoada a tempo para dar espaço para a safra de soja, que promete ser recorde mais uma vez, chegando a 25 milhões de toneladas. Diante da queda dos preços da oleaginosa nas últim

Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), somente 30% da safra foi negociada até agora. No mesmo período do ano passado esse número estava em 56%. Na prática soja e milho devem ser escoados ao mesmo tempo. Os prêmios nos portos para o ano que vem, por exemplo, já estão em queda, por falta de infraestrutura logística.

Os prêmios levam em conta a qualidade, a demanda, o frete e a eficiência logística do exportador. O mercado monitora esses fatores e aplica esse prêmio à cotação da bolsa de Chicago. Segundo dados da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, para a soja entregue nosso porto de Paranaguá nesse mês de agosto, os compradores estão pagando US$ 0.60 a mais por bushel. Para março do ano que vem, período em que a safra de verão começa a ser escoada, o prêmio está negativo em US$ 0,15, ou seja, o exportador deixa de ganhar US$ 0,15 por bushel. Para o milho, o prêmio para agosto está negativo em US$ 0,25 por bushel. Para março do ano que vem também está negativo em US$ 0.15.

Segundo o presidente da Aprosoja, Carlos Favaro, a situação é ainda mais preocupante porque os recursos anunciados pelo governo no Plano Safra ainda não saíram do papel.

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