O governo realizou cinco leilões de Pepro para apoiar a comercialização de milho, nos quais foram arrematados prêmios que garantem a subvenção na comercialização de 6,309 milhões de toneladas do cereal. O volume corresponde a 97% dos prêmios ofertados, para 6,5 milhões de toneladas. Para Mato Grosso, foram ofertados prêmios para 5,9 milhões de toneladas e arrematado o equivalente a 5,803 milhões de toneladas (98,3%). Em Goiás foram ofertados prêmios para 300 mil toneladas e arrematados 228.260 toneladas (76%). Em Mato Grosso do Sul foram ofertadas também 300 mil toneladas e arrematadas 278.298 toneladas.
Machado afirmou que a continuidade dos leilões é fundamental para a estabilidade do mercado e a viabilidade financeira dessa atividade. Machado argumenta que uma das razões para a CNA defender a manutenção dos leilões Pepro de milho é “o déficit crônico do Brasil em relação à sua capacidade de armazenagem de grãos”. Ele explica que a falta de espaço nos armazéns faz com que os preços do cereal, nas diferentes regiões produtoras do país, caiam a um patamar abaixo dos valores de paridade na formação do preço.
Na opinião de Machado, os fundamentos de oferta e demanda mostram que o mercado de milho segue bastante pressionado. Ele lembra que, caso sejam confirmadas as previsões feitas pela Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), o Brasil deve encerrar a safra atual com um excedente da ordem de 19,3 milhões de toneladas de milho, ou seja, “o maior estoque de passagem já registrado no país”.
Ele lembra que no leilão de Pepro de milho realizado na última terça-feira o deságio do prêmio chegou a 52,5% em Goiás e a 26,5% no norte de Mato Grosso. A disputa pelos prêmios, diz ele, “demonstra o interesse do agricultor em obter o auxílio da equalização do preço e, em consequência, a necessidade de sua realização”.
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