– Tivemos três fatores para a mudança: houve uma alta relevante do valor do boi magro; a soja ainda está em um patamar alto; e o caroço de algodão também. Ambos são utilizados na alimentação dos animais, e o valor do boi gordo não subiu tanto quanto o esperado – afirma o presidente da Assocon, Eduardo Moura.
Segundo ele, a queda não deve ser revertida, mesmo com preços do boi gordo mais atrativos por conta de um volume menor de animais confinados. O especialista também acredita que a tendência para a prática de confinamento é, no entanto, de crescimento no longo prazo.
– No final, teremos que produzir mais em menos área e com mais tecnologia. O confinamento tende a ajudar esse incremento de produção – diz Moura.
Segundo a Assocon, a participação do confinamento no volume total de boi engordado para o abate é de 8%. A participação ainda é bem pequena em relação a outros países que confinam gado. Nos Estados Unidos, por exemplo, 70% de sua produção de boi gordo é feita em sistema de confinamento.