Em entrevista ao Canal Rural, Condon afirmou que espera mais agilidade por parte das autoridades brasileiras para que seja possível lançar uma nova semente de soja transgênica para os produtores do país. É a tecnologia Liberty Link, que oferece resistência ao herbicida glufosinato de amônio, já disponível no Brasil, mas somente para o algodão.
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A semente LL para soja já tem aprovação da CTN-bio, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, e também por mercados consumidores, como a China. Mas a variedade ainda não foi lançada comercialmente porque falta o registro do agroquímico para uso específico na soja. Os executivos da empresa acreditam que o processo ainda demore pelo menos dois anos, com possibilidade de lançamento somente a partir da safra 2015/2016.
Mesmo ainda aguardando as liberações para o novo transgênico no Brasil, a Bayer vai lançar em 2014 mundialmente uma nova marca para sementes de soja, a Credenz. A previsão é utilizar a marca também no Brasil, especialmente para as sementes produzidas pela Wehrmann, empresa adquirida pela companhia alemã.
O responsável global pela estratégia da empresa, Mathias Kremer, anunciou nesta quinta a criação de cinco novas estações experimentais no Brasil. Elas serão instaladas nos municípios de Londrina (PR), Rio Verde (GO), Cristalina (GO), Sinop (MT) e Porto Nacional (TO). As áreas serão utilizadas no desenvolvimento de novas variedades de soja para o mercado brasileiro.
Os investimentos da companhia para o mercado mundial foram estimados em 2,4 bilhões de euros entre 2013 e 2016. A empresa não revela quanto vai ser destinado ao Brasil, mas um dos principais investimentos é a instalaçao de uma fábrica no Alabama, Estados Unidos. A unidade tem como foco principal os produtos da linha Liberty, já utilizados no mercado norte-americano para a soja.
* Viagem a convite da Bayer Cropscience