Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupo e, somados, representaram 92,7% da estimativa da produção e 86,1% da área a ser colhida. Em relação a 2012, a área cresceu 7,7% para o milho, 11,2% para a soja e caiu 0,5% para o arroz. Em relação à produção de 2012, os acréscimos foram de 2,7% para o arroz, de 13,3% para o milho e de 23,8% para a soja.
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O Centro-Oeste responde por 78,4 milhões de toneladas da produção; o Sul, por 72,4 milhões de toneladas; o Sudeste, por 19,7 milhões de toneladas; o Nordeste, por 12,2 milhões de toneladas e o Norte, por 4,6 milhões de toneladas.
Estimativa das principais culturas em relação a 2012
Soja
A cultura da soja em grão atingiu um novo recorde este ano com uma produção de 81,31 milhões de toneladas, 23,8% superior a 2012, o que representa 15,61 milhões de toneladas. A área plantada foi maior 2,7 milhões de hectares (10,8%). A área destinada à colheita superou a do ano anterior em 2,78 milhões de hectares (11,2%) e o rendimento médio passou dos 2.635 kg/ha para os atuais 2.933 kg/ha, acréscimo de 11,3%. Os bons preços praticados e as melhores condições climáticas, notadamente na região Sul, quando comparadas a 2012, justificaram estes acréscimos.
Milho
A produção nacional de milho, que totalizou 80,75 milhões de toneladas, foi 13,3% maior que a obtida em 2012. Em termos absolutos este acréscimo foi de 9,45 milhões de toneladas com incremento na área colhida de 1,09 milhçoes de hectares (7,7%). A primeira safra, de 34,43 milhões de toneladas, apresentou acréscimo de 1,22 milhões de toneladas (3,7%), embora a área plantada tenha sido inferior em 846 mil hectares (11%). Para a segunda safra, que totalizou 46,31 milhões de toneladas, a variação absoluta foi de 8,23 milhões de toneladas (21,6%) para uma área plantada maior 1,48 milhão de hectares (20,1%).
Mandioca
A produção nacional, estimada em 21,21 milhões de toneladas, apresentou variação negativa de 9,4% quando comparada à obtida em 2012, o que representou uma diferença absoluta de 2,2 milhões de toneladas. A área plantada foi menor 14,3%, quando comparada a 2012, bem como a área de colheita, que caiu 11%. A estiagem no Nordeste, que já dura dois anos, impediu a recuperação da oferta de raízes desta cultura, considerada “temporária de longa duração”, cujo ciclo costuma ultrapassar a 12 meses.
Laranja
A safra nacional de laranja, estimada em 18,04 milhões de toneladas, apresentou decréscimo de 5,7%, 1,08 milhões de toneladas a menos que a safra colhida em 2012. Grandes estoques de suco, nacionais e internacionais, a crise europeia e os bloqueios alfandegários nos Estados Unidos são importantes fatores de desestímulo à produção citrícola de 2013.
Arroz
A safra nacional de arroz, de 11,7 milhões de toneladas, foi 2,7% maior que a obtida em 2012. A área plantada foi 0,6% menor e a colhida, inferior 0,5%. O rendimento médio, de 4.964 kg/ha aumentou 3,3%. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional, com 69,2% do total produzido no país. No Estado, o rendimento médio de 7.474 kg/ha foi o maior do Brasil, assim como a área colhida, de 1,08 milhão de hectares.
Trigo
A produção nacional de trigo para 2013 foi estimada em 5,1 milhões de toneladas, maior 16,5% que a safra colhida em 2012, diferença absoluta de 724.289 toneladas. Todas as variáveis levantadas foram positivas: 13% a mais na área plantada; 14,6% na área destinada à colheita e 1,6% no rendimento médio. As boas perspectivas de preços na época de plantio impulsionaram o plantio do cereal.
Algodão
A estimativa da produção nacional de algodão, de 3,38 milhões de toneladas, caiu 31,9% em relação a 2012. Em termos absolutos, a diferença é de 1,58 milhões de toneladas e redução da área colhida de 422 mil hectares. Os decréscimos são creditados à regularização dos estoques com as safras colhidas em 2011 e 2012, à crise europeia e às altas cotações da soja, que concorreu, em 2013, com áreas anteriormente destinadas à cultura do algodão.
Mato Grosso, principal produtor, participou com 53,1% da produção nacional de algodão em caroço. A redução de 33,3% na área plantada e colhida no Estado, em relação ao ano anterior, deve-se à baixa cotação do produto na época do plantio.
Café
Em 2013, a área total ocupada com café arábica e canephora no país, de 2,29 milhões de hectares, foi 1,8% inferior à registrada em 2012. A área a ser colhida, estimada em 2,03 milhões de hectares, foi menor em 2,7%. A produção total para 2013 foi estimada em 2,84 milhões de toneladas, ou 47,4 milhões de sacas de 60 quilos de café em grãos beneficiados. As duas espécies em conjunto apresentaram um decréscimo de produção de 7% em relação à safra colhida em 2012.
Estimativa de agosto em relação a julho
Destacaram-se as variações nas estimativas de algodão (-1,8%), feijão primeira safra (-4,1%), feijão segunda safra (-0,8%), feijão terceira safra (-7,6%), milho segunda safra (1,7%), sorgo (-16,9%) e trigo (-12,7%).
Milho
A estimativa da produção de milho foi de 80,75 milhões de toneladas somadas as duas safras, 0,9% maior que a do mês anterior, mantendo a estimativa de safra recorde. O aumento é consequência do incremento de 1,7% na produção da segunda safra, uma vez que a primeira safra reduziu a estimativa em 0,1%. Do volume total, 34,4 milhões de toneladas (42,6%) são de milho primeira safra e 46,3 milhões de toneladas (57,4%) são de milho safrinha. Este é o segundo ano consecutivo em que a produção de segunda safra é maior que a primeira.
Mandioca
A estimativa é de 21,21 milhões de toneladas, com aumento de 0,2% em relação ao mês anterior. As áreas plantada e colhida estão crescendo 0,3% e 0,4%, respectivamente, enquanto o rendimento médio esperado caiu 0,2%. Em alguns Estados do Nordeste, persistem os efeitos da seca de 2012. Na região Norte, responsável por 35,1% da mandioca produzida no país, não houve alteração significativa em relação a julho, enquanto no Centro-Oeste e Sudeste, houve quedas de 0,9% e 0,1%, respectivamente. No Sul, a estimativa da produção da mandioca aumentou 2,9%, devendo alcançar 5,51 milhões de toneladas, ou 26% do total colhido no país, com destaque para o Paraná, que espera uma produção de 3,83 milhões de toneladas, 4,2% maior que a estimativa de julho.
Trigo
Com dados de agosto, o IBGE estima uma produção de 5,10 milhões de toneladas, com um rendimento médio de 2.354 kg/ha, menores, respectivamente, em 12,7% e 14%, em relação a julho. Já a área plantada (2,17 milhões de hectares) cresceu 1,6%. A região Sul, maior produtora, responsável por 95,1% da produção nacional, aguarda uma produção de 4,85 milhões de toneladas e um rendimento médio de 2.329 kg/ha, menores, respectivamente, em 12,8% e 14,3%, já a área plantada de 2,08 milhões de hectares, encontra-se 1,8% maior, quando comparados aos dados do mês anterior.
Algodão herbáceo
Em agosto, a estimativa da produção nacional de algodão herbáceo para 2013 é de 3,38 milhões de toneladas, redução de 1,8% em relação a julho, devido ao menor rendimento médio. Na Bahia, a estiagem e as pragas (bicudo e helicoverpa) prejudicaram a produtividade, e o rendimento médio caiu 6% em relação ao mês anterior, reduzindo a produção em 62,5 mil toneladas. Nos demais estados do Nordeste, a produção também ficou prejudicada, principalmente por falta de chuvas, diminuindo a produção em 5,5% (64,06 mil toneladas).
Feijão
A estimativa da produção nacional de feijão, considerando as três safras do produto, foi de 2,95 milhões, 3,3% menor que a informada em julho. No Nordeste, a redução foi de 9,9%. O Centro-Oeste também teve queda (-6,4%) na estimativa de produção. A 1ª safra de feijão participa com 38,2% da produção nacional de feijão em grão, a 2ª safra participa com 45,0% e a 3ª safra participa com 16,8%.
Sorgo
As maiores variações negativas na estimativa couberam a Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul, que fizeram reavaliações de seus dados. A estimativa de produção de sorgo em agosto ficou em 2,08 milhões de toneladas, indicando queda de 16,9% em relação à estimativa de julho. A área a ser colhida deve alcançar 76,68 mil hectares, indicando uma redução de 14,7% em relação a julho, enquanto o rendimento médio esperado decresceu 2,6%, devendo ficar em 2.720 quilos por hectare.