Brasil vai apoiar organização cafeeira na África

Programa de apoio começará por Camarões, mas existem conversas com Serra Leoa e até com o Iêmen, no Oriente MédioO governo brasileiro vai apoiar a organização do setor cafeeiro no continente africano, levando a experiência das políticas de apoio aos cafeicultores e as formas de associação, como o sistema cooperativista. O embaixador Marcos Pinta Gama, chefe da Representação Permanente em Londres, que cuida das áreas de café, cana-de-açúcar, cacau e grãos, afirmou que o programa de apoio começará por Camarões, mas existem conversas com Serra Leoa e até com o Iêmen, no Oriente Médio, países que saíram recent

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O diplomata disse que o programa de ajuda aos países em desenvolvimento é uma iniciativa de cunho social, sem condicionantes em termos de contrapartidas, embora possam surgir oportunidades de negócios para empresas brasileiras do setor de café. Em princípio, diz, o programa não prevê transferência de tecnologia, como as geradas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Outra iniciativa da diplomacia brasileira no continente africano será a realização de um seminário até o fim do ano em Adis Abeba, na Etiópia, sobre o setor sucroenergético, em parceria com a Organização Internacional do Açúcar. O evento contará com o apoio da União Africana, do Banco Africano de Desenvolvimento e da Comissão da Organização das Nações Unidas para a África (Uneca).

O embaixador participou da Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, que comemora o cinquentenário da Organização Internacional do Café (OIC). A expectativa de Pinta Gama quanto ao evento é de que a OIC reforce a importância das estatísticas relativas aos países produtores, para dar maior transparência ao mercado e contribuir para atenuar os movimentos especulativos em relação à oferta e demanda.

Agência Estado