Para chegar ao mercado nipônico, a carne suína terá que trilhar um caminho semelhante ao da carne de frango brasileira, que faz sucesso em solo japonês por ter qualidade e segurança alimentar, e porque os frigoríficos brasileiros atendem facilmente às especificações de corte e peso dos produtos exigidos pelos japoneses. Os exportadores brasileiros de carne suína também vão precisar superar as vantagens alfandegárias dadas a países como o México e Chile, que possuem acordos comerciais com o Japão que contemplam a carne suína.
Em 2012, o Japão comprou cerca de US$ 5 bilhões em carne suína. Foram 760 mil toneladas, vindas principalmente dos Estados Unidos, que vendeu 39% do total importado. O México e o Chile juntos responderam por 10% das vendas de carne suína ao Japão.
Além da reunião na Embrapa, os técnicos da Alic passarão durante esta semana por unidades da BRF e da Aurora. Também terão reuniões com o Sindicato das Indústrias da Carne de Santa Catarina (Sindicarne), União Brasileira de Avicultura (Ubabef) e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). De acordo com Shunichi Shinkawa, que é o diretor da Alic, a principal intenção da vinda ao Brasil é compreender a competitividade do frango produzido no país. Hoje, o Brasil é o país que mais vende carne de frango para os japoneses.