>>Competitividade passa por ampliação do escoamento da safra
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A proposta apresentada pelos parlamentares prevê a construção de uma ferrovia com 1,800 quilômetros interligando as cidades de Água Boa, em Mato Grosso, e Barcarena, no noroeste do Pará, podendo chegar até Marabá. As produções dos dois Estados seriam escoadas pelos portos de Vila do Conde e Espadarte.
Para o presidente da EPL, a iniciativa é válida, mas para sair do papel, o projeto deve ser adequado ao Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias, lançado em agosto de 2012. Trechos da linha norte-sul-sudeste já estão em andamento, assim como os ramais que ligam o nordeste ao centro-oeste, de Rondonópolis ao alto Araguaia. Ainda não há previsão para conclusão das obras.
– Essa rodovia deve complementar o esforço que está sendo feito pelo governo atual. Além de estarmos atendendo a solicitação, nós vamos estudar essa ligação proposta. Vamos estudar formas de implementar aos poucos, unindo ao que vem sendo feito atualmente – destaca Figueiredo.
– A proposta vai ter que passar por adequações. Precisamos partir de uma realidade que existe no Brasil. O estudo foi feito de acordo com a nossa realidade. Algumas adequações já estavam previstas, nós não temos um projeto pronto, acabado. A partir daqui vamos fazer todas as adequações que forem necessárias – diz o deputado estadual (PP-MT), Jose Riva.
O Mato Grosso é o maior produtor de soja e milho do país, somando mais de 40 milhões de toneladas na última safra. A falta de alternativa faz com que toda a produção seja escoada pelos portos do Sul e Sudeste, o que tem provocado atrasos na entrega e aumento no valor do frete.
Para o governo federal, a criação de vias de acesso para os portos da região Norte é a melhor solução para o problema. Riva afirma que isso não é o suficiente, já que os terminais que existem não possuem capacidade para atender a demanda e precisam ser modernizados.
– No porto de Santarém dá para importar metade da produção de Sorriso, três milhões de toneladas. No porto de Madeira faltou água, estão trazendo toda a produção para o Sul. Falar desses portos como solução é utopia – destaca Riva.