Para o produtor catarinense, a venda de um quilo do vivo rendeu 8,16 quilos de milho no dia 30 de setembro, 16% mais que no fim de agosto, quando a relação foi de 7,04 quilos do grão/vivo.
Técnicos do Cepea avaliam que a alta no preço do suíno vivo e a queda na cotação do milho favoreceram o poder de compra do suinocultor. Do lado dos grãos, a oferta recorde de milho, os recuos das cotações externas e também nos portos e a desvalorização recente do dólar ante o real influenciaram as baixas internas do insumo.
– Além disso, o vencimento das dívidas de custeio ampliou a necessidade de venda de produtores brasileiros, que precisavam ‘fazer caixa’ – explicaram os pesquisadores. No dia 30 de setembro, a saca de 60 quilos do cereal foi comercializada a R$ 23,36, em média, em Campinas (SP), recuo de 4,3% no mês. Em Chapecó (SC), a queda foi de 4,4%, para R$ 25,29 a saca.
Farelo de soja
A relação de troca com o farelo de soja também melhorou para o suinocultor no mês passado. Para o produtor paulista, a troca passou de 2,85 quilos para 3,16 quilos do derivado para cada quilo do suíno vendido – melhora de 11% no poder de compra -, enquanto para o catarinense, passou de 2,65 quilos para 2,92 quilos do derivado para cada quilo do suíno vendido, aumento de 10,2% no poder de compra. Já se comparada a média mensal de setembro com a de agosto, verifica-se queda no poder de compra do suinocultor paulista, de 3,8%.
Ainda conforme levantamento do Cepea, as cotações do farelo oscilaram ao longo de setembro.
– Para as quedas, os motivos foram a desvalorização da moeda norte-americana e os recuos externos – disseram os pesquisadores da equipe de grãos. Já nos momentos de alta, os valores foram influenciados pela demanda. De 30 de agosto a 30 de setembro, a tonelada do farelo teve leve alta de 0,5% em Chapecó, encerrando o mês em R$ 1.191,84. Em Campinas, houve pequeno recuo de 0,1%, a R$ 1.158,58 a tonelada.
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