– Nós temos uma perda de 4 bilhões anuais no país para exportar nossos milhos, cereais e soja. Nós estamos crescendo a 6% ao ano. Em 35 anos, nós perdemos R$ 1,0009 trilhões, que o Brasil vai ganhar com o pré-sal. E nós estamos perdendo R$ 9 bilhões, isso já está acontecendo – salienta o economista da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Antônio da Luz.
>>Logística prejudica a competitividade do agronegócio brasileiro
A urgência de obras de infraestrutura de transportes para reduzir custos foi tema de um debate foi realizado com especialistas na Fenatran: Salão Internacional do Transporte, em São Paulo. O presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesario Ramalho da Silva critica a dificuldade para ter acesso aos financiamentos.
– Para melhorar e construir um porto, temos dificuldades burocráticas. Os projetos de armazéns que estavam previstos no Plano de Safra, ficaram lindos, só que o dinheiro continua parado nas escrivaninhas do banco. Não há despacho, não sai. O Brasil está amarrado – destaca Silva.
Um dos modais que resolveria parte do problema logístico brasileiro é o ferroviário. Para o presidente da Agência Nacional de Transporte Ferroviário (Antf), Rodrigo Vilaça, o país ainda encontra dificuldades em planejar uma estrutura para este serviço.
– O setor ferroviário, no que tange ao agronegócio, cresceu 481%. É um número gigantesco, mas ao mesmo tempo, muito longe do ideal. Nós temos que movimentar mais do que 35% da soja por linha férrea. Só de equipamentos foram 38 mil novos vagões destinados ao mercado de açúcar, soja, milho e algodão. Temos muito o que fazer, torcer pelo novo modelo, de obras que o governo federal deseja. Para que nós possamos juntos com o governo, iniciativa privada e os nossos produtores melhorar da porteira até o porto – avalia Vilaça.
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