>>Leia mais notícias sobre trigo
Os moinhos brasileiros importaram 5,965 milhões de toneladas nos dez primeiros meses do ano, 5,5% mais que as 5,653 milhões de toneladas adquiridas em igual intervalo do ano passado, segundo o órgão. Do total contratado, 2,499 milhões de toneladas são de origem norte-americana. O volume supera em 45,8 vezes as 53,4 mil toneladas importadas no mesmo período de 2012, quando os Estados Unidos responderam por apenas 1% das importações brasileiras do cereal.
O expressivo aumento das importações de trigo norte-americano se deve às restrições que o governo argentino impôs às exportações após a queda da produção, a fim de assegurar o abastecimento interno e evitar pressão sobre a inflação. Entre janeiro e outubro de 2013, as importações brasileiras de trigo argentino somaram 2,523 milhões de toneladas, volume 44% menor que as 4,518 milhões de toneladas verificadas nos primeiros dez meses do ano passado, conforme o levantamento. A participação argentina as importações brasileiras de trigo caiu de 80% para 42,3%.
Os moinhos do país também pagaram mais caro pelo trigo importado neste ano. De acordo com a Secex, as despesas somaram US$ 1,986 bilhão, valor 35,1% superior ao desembolsado nos dez primeiros meses de 2012. O preço médio do trigo importado subiu 28% no período, para US$ 333 a tonelada. Um fator que aliviou o caixa dos moinhos foi a isenção da cobrança da taxa de 10% da Tarifa Externa Comum (TEC) para compra de 3,3 milhões de toneladas de cereal de fora do Mercosul, entre abril e novembro deste ano.
Outro país que ganhou espaço como fornecedor de trigo ao Brasil foi o Canadá. As importações de trigo canadense de janeiro a outubro do ano passado atingiram apenas 987 toneladas, volume 186 vezes menor que as 183,7 mil toneladas importadas em igual período do passado, segundo a Secex. O Paraguai exportou 469,4 mil toneladas de trigo para o mercado brasileiro neste ano, volume 24% inferior ao exportado nos dez primeiros meses do ano passado, informou a secretaria.