Cartilha sobre mormo esclarece dúvidas de criadores de equinos

Comitê de Sanidade dos Equídeos da Bahia lançou documento para auxiliar na identificação da enfermidadeMembros do Comitê de Sanidade dos Equídeos da Bahia lançaram uma cartilha informativa sobre o mormo durante o 40º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária (Conbravet), realizado este mês em Salvador (BA). O objetivo do documento é esclarecer possíveis dúvidas dos criadores e médicos veterinários em relação às orientações para a identificação da enfermidade e conhecimentos sobre as diretrizes da Defesa Sanitária que devem ser cumpridas.

A cartilha contempla assuntos como sintomas e formas de diagnóstico, bem como os modos de transmissão que, em humanos, se dá por meio do contato com a secreção purulenta das vias respiratórias e úlceras que podem ocorrer nas narinas, membros e abdômen de animais doentes. Esses animais infectados contaminam também as instalações, comedouros e bebedouros.

– O principal é não diminuir a importância da doença e a vigilância para o mormo e a Anemia Infecciosa Equina (AIE), bem como não permitir que equinos ingressem na propriedade sem os respectivos exames – alertou o diretor de Defesa Sanitária Animal da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Rui Leal.

O mormo é uma doença contagiosa dos equinos, causada por uma bactéria. Os principais sintomas são febre, secreção nasal com pus e sangue, ínguas e, na forma mais grave, ataca os pulmões. A taxa de mortalidade é alta. Não há cura, nem vacina para a doença.

Em cumprimento das medidas diante dos últimos focos identificados na Bahia, o Comitê se uniu para colocar à disposição dos produtores esse tipo de ferramenta de educação sanitária, informou o coordenador do Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos e presidente do Comitê, Davi Freitas. Ele ressaltou que também tem buscado medidas a nível federal que visam a celeridade do diagnóstico e a confirmação do foco.

A cartilha foi proposta pela Associação dos Médicos Veterinários dos Equídeos (Amveba) e viabilizada em conjunto com o Comitê, coordenado pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e composto por representantes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia (CRMV/BA), Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (Emevz/UFBA), União Metropolitana de Educação e Cultura (Unime) e Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc).

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