O médico veterinário Renato Souza Rodrigues explica que o processo inicia de forma tradicional, mas com cuidados extras. Cada raça bovina tem uma necessidade de conforto, seja quanto à sombra ou à temperatura do ambiente. Segundo ele, o estresse e a alteração de hormônios, devido ao convívio com outros machos, têm alto impacto na qualidade do sêmen. O especialista recomenda, por exemplo, direcionar raças europeias para locais mais frescos e separar animais mais agitados e brabos do restante.
– O método de coleta realizado hoje nas centrais não causa nenhum tipo de estresse. Ele permite a coleta de sêmen ocorra dentro de padrões mundiais, com excelente fertilidade. Isso tem um impacto muito grande para o produtor a nível de campo – ele tem um sêmen garantido, que gera fertilidade e que reflete em prenhez. O pacote de genética é superior, no qual as filhas saem melhores do que as mães – destaca o veterinário Fernando Vilella.
Depois de coletado da forma indicada pelos especialistas, o material passa pela primeira triagem, onde é verificada a qualidade do sêmen. Se estiver nos padrões exigidos, o sêmen é resfriado por até quatro horas e diluído, para seguir à etapa do congelamento. O sêmen sexado passa por uma máquina que identifica os espermatozoides que vão gerar machos ou fêmeas e, a partir disso, eles são separados, em um processo que garante 90% de acerto.
– Nas propriedades, hoje, temos em torno de cinco machos para cinco fêmeas. Imagine para a pecuária leiteira, se o criador conseguir ter nove fêmeas para um macho, quanto isso traz de benefícios, de lucratividade dentro da atividade? – questiona Vilella.
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