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Na avaliação do secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o exercício das opções ficou dentro das expectativas. Ele observa que o volume poderia ter sido maior se o governo tivesse aberto a possibilidade de antecipação do exercício para setembro e outubro, como esperavam muitos produtores que participaram dos leilões.
Geller diz que a recomposição dos estoques em Mato Grosso está em nível razoável, pois, além do cereal das opções que está sendo entregue nos armazéns, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está realizando operações de Aquisições do Governo Federal (AGF), por meio das quais já foram compradas 700 mil sacas de 60 quilos do grão.
O corretor Guaracy Calaza, da Intermanus, de Campo Novo do Parecis, também considera “razoável” o porcentual de entrega do milho dos contratos de opções de venda. Segundo ele, vários fatores limitaram o exercício das opções, como a falta de armazéns credenciados em algumas regiões, problema que só foi resolvido com o credenciamento de novas empresas, há duas semanas.
Calaza relatou que muitos produtores desistiram das opções por causa dos preços cobrados por alguns armazéns para receber o produto, na faixa de R$ 2,50 a saca, o que resultava numa remuneração de menos de R$ 13 a saca, valor que nas últimas semanas está sendo sinalizado pelos compradores em Sinop.
– A reação dos preços contribuiu para reduzir o interesse no exercício das opções – diz.