– A decisão é da 1ª Instância de Campo Grande, da 4ª Vara, e reconsiderou pelo consenso, pela prudência, permitindo a realização do leilão, e vedando a destinação do valor arrecadado para qualquer ato ilícito, o que já não ocorreria – informou Luana Ruiz, advogada que representa produtores rurais e a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul).
O leilão havia sido suspenso na quarta, dia 4, por decisão da juíza da 2ª Vara Federal, Janete Lima Miguel, concedendo liminar. Com a nova decisão, o leilão ocorre normalmente. Produtores rurais esperam arrecadar R$ 1 milhão para custear despesas jurídicas e demais ações do Movimento Resistência, formado por produtores rurais contra invasões de terra por indígenas.
Na manhã deste sábado, o presidente da Acrissul, Francisco Maia, e o diretor da Leiloboi, Carlos Guaritá, assinaram termo no fórum da Justiça Federal de Campo Grande, assumindo o compromisso de destinar os recursos do Leilão da Resistência para fins lícitos.
– Ninguém nunca afirmou que a verba obtida com a venda das doações do leilão seria destinada para outro fim senão o lícito. Trata-se de um movimento pacífico, antes de tudo – afirma o presidente da Acrissul.
O evento ocorre a partir das 14h no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande. Antes do leilão, cerca de 150 produtores reuniram-se com a senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Campo Grande.